Um grupo de mulheres sudanesas foi preso e recebeu chicotadas como punição por usar calças em público na capital, Cartum, segundo uma jornalista que foi presa junto com o grupo.
Lubna Ahmed al-Hussein, que afirma que foi condenada a 40 chicotadas, informou que ela e outras 12 mulheres que usavam calças e blusas foram detidas em um restaurante da cidade.
Segundo a jornalista, várias mulheres do grupo admitiram serem culpadas da acusação de se vestir "de forma indecente" e receberam dez chicotadas imediatamente.
Al-Hussein afirmou que um grupo de entre 20 e 30 policiais entrou de repente em um dos restaurantes mais populares de Cartum e "escolheu apenas garotas que usavam calças. Éramos cerca de 12 ou 13".
"Na delegacia eles libertaram aquelas que usavam calças mais largas ou cujas blusas foram consideradas longas o bastante. Na delegacia encontramos outras garotas do sul (do país), aguardando julgamento, elas eram cristãs e três delas tinham menos de 18 anos."
"As meninas foram sentenciadas a dez chicotadas para cada uma e a sentença foi executada imediatamente", afirmou.
A jornalista afirmou que muitas se declararam culpadas apenas para "acabar logo com isso", mas outras - incluindo ela - escolheram chamar seus advogados e esperar o julgamento.
De acordo com a lei islâmica em vigor no norte do Sudão, onde se encontra a capital, a punição a mulheres que se vestem "de forma indecente" é 40 chicotadas.
Segundo as leis do país, sudaneses que não são muçulmanos não são obrigados a seguir a lei islâmica mesmo na capital ou no norte do país, onde predomina o islamismo.
Lubna Ahmed al-Hussein, que afirma que foi condenada a 40 chicotadas, informou que ela e outras 12 mulheres que usavam calças e blusas foram detidas em um restaurante da cidade.
Segundo a jornalista, várias mulheres do grupo admitiram serem culpadas da acusação de se vestir "de forma indecente" e receberam dez chicotadas imediatamente.
Al-Hussein afirmou que um grupo de entre 20 e 30 policiais entrou de repente em um dos restaurantes mais populares de Cartum e "escolheu apenas garotas que usavam calças. Éramos cerca de 12 ou 13".
"Na delegacia eles libertaram aquelas que usavam calças mais largas ou cujas blusas foram consideradas longas o bastante. Na delegacia encontramos outras garotas do sul (do país), aguardando julgamento, elas eram cristãs e três delas tinham menos de 18 anos."
"As meninas foram sentenciadas a dez chicotadas para cada uma e a sentença foi executada imediatamente", afirmou.
A jornalista afirmou que muitas se declararam culpadas apenas para "acabar logo com isso", mas outras - incluindo ela - escolheram chamar seus advogados e esperar o julgamento.
De acordo com a lei islâmica em vigor no norte do Sudão, onde se encontra a capital, a punição a mulheres que se vestem "de forma indecente" é 40 chicotadas.
Segundo as leis do país, sudaneses que não são muçulmanos não são obrigados a seguir a lei islâmica mesmo na capital ou no norte do país, onde predomina o islamismo.
Críticas
Lubna Ahmed al-Hussein é uma jornalista sudanesa conhecida por suas críticas ao governo do país. Ela é autora de uma coluna semanal para jornais do país, chamada Kalam Rijal, que, na tradução literal significa "Conversa de Homem", uma referência satírica a uma expressão parecida em árabe coloquial, que se refere ao que as mulheres falam como algo risível e não confiável.
A jornalista disse à BBC que contratou um advogado que conseguiu enviar o processo contra ela de volta à promotoria. E também afirmou que imprimiu centenas de convites para o julgamento para que o povo sudanês possa ver o que acontece com as mulheres.
Antes de comparecer à corte, al-Hussein afirmou que o problema que ela enfrenta é também o problema de centenas de mulheres que são chicoteadas todos os dias devido às roupas que usam.
A jornalista escreveu que estas mulheres saem dos julgamentos com um sentimento de vergonha e toda a família da mulher é tratada como pária.
De acordo com o analista da BBC para o mundo árabe Magdi Abdelhadi, o Sudão tem uma sociedade conservadora que condena mulheres que desobedecem os costumes islâmicos.
A lei islâmica foi introduzida pelo ex-presidente Jaffar Al Numeri há cerca de 30 anos e, desde então, causa polêmica no país, especialmente na região sul do Sudão, que é cristã.
A jornalista disse à BBC que contratou um advogado que conseguiu enviar o processo contra ela de volta à promotoria. E também afirmou que imprimiu centenas de convites para o julgamento para que o povo sudanês possa ver o que acontece com as mulheres.
Antes de comparecer à corte, al-Hussein afirmou que o problema que ela enfrenta é também o problema de centenas de mulheres que são chicoteadas todos os dias devido às roupas que usam.
A jornalista escreveu que estas mulheres saem dos julgamentos com um sentimento de vergonha e toda a família da mulher é tratada como pária.
De acordo com o analista da BBC para o mundo árabe Magdi Abdelhadi, o Sudão tem uma sociedade conservadora que condena mulheres que desobedecem os costumes islâmicos.
A lei islâmica foi introduzida pelo ex-presidente Jaffar Al Numeri há cerca de 30 anos e, desde então, causa polêmica no país, especialmente na região sul do Sudão, que é cristã.